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Bar do Boi vive noite de estreias, consagração indígena e galera em clima de Festival

Com pajé e cunhã poranga protagonistas, “Noite dos Povos Originários” teve roteiro ousado e envolveu o torcedor

 

A tradicional edição de Bar do Boi, anualmente dedicada aos povos indígenas no mês de abril, presenteou a nação azul e branca com um espetáculo padrão Caprichoso, na noite deste sábado (15), no Sambódromo. Produzido pelo Movimento Marujada, a festa ousou na trilha, promoveu estreias e entregou momentos que marcaram a história e a memória do evento, protagonizados por itens oficiais e toadeiros azulados.

Estreias – A festa começou com André Vaz. Estreante no Bar do Boi, o artista já passou pelo ensaio oficial da Marujada de Guerra em Manaus. Na sua rede social, Vaz exaltou o show de estreia e cravou seu nome no evento.

Diretamente de Parintins, uma segunda estreia de respeito. Gean Figueira ostentou a voz que o tornou Levantador de toadas substituto do Boi Caprichoso. Artista destaque nos ensaios oficiais no Curral Zeca Xibelão, Gean brilhou no palco do Bar do Boi e seu show contou com a especial participação de Mara Lima.

Trilha e coreografias – Atrações que antecederam o show principal da “Noite dos Povos Originários”, Márcio do Boi e Arlindo Neto serviram o combo que envolveu a nação azulada no aquecimento para o aguardado momento.

O experiente Márcio do Boi vem surpreendendo nas trilhas de seus shows, agradando em cheio o torcedor. Músico, compositor e diretor musical, Márcio se vestiu a caráter e serviu mais um excelente repertório de toadas.

Arlindo Neto se dedicou muito na concepção e produção do show que levou ao Bar do Boi e não decepcionou. Com a aura do Arlindo Júnior presente, Neto trouxe toadas marcantes na voz do pai e rememorou cênicas e coreografias, à altura dos marcantes momentos protagonizados pelo Pop da Selva no evento.

Consagração indígena – O show principal da “Noite dos Povos Originários” trouxe Gabriel Ferreira como apresentador, atuando como um competente mestre de cerimônia, conectado à galera. O levantador de toadas do Boi Caprichoso, Patrick Araújo, trouxe a voz e o carisma de item campeão, entoando rituais que introduziram o público no clima de ancestralidade, com o rufar de tambores da Marujada de Guerra, o melhor ritmo do Festival.

Eterno pajé, Waldir Santana surgiu num lúdico voo e entregou uma performance digna da história de três décadas no item. A primeira aparição da noite emplacou audácia, quando o atual pajé Erick Beltrão voou sobre a galera azulada para chegar ao palco. Waldir Santana iniciou o rito de bênção a Erick Beltrão e os dois performaram juntos, sobre as luzes das candeias da galera. Em seguida, o consagrado pajé Erick Beltrão evoluiu para delírio coletivo.

Mais uma surpreendente aparição marcou o show principal. Do meio da galera, a alegoria da onça trouxe a cunhã poranga Marciele Albuquerque. A guerreira munduruku brilhou em evolução solo e protagonizou, ao lado do pajé Erick Beltrão, o segundo momento do rito indígena de consagração.

Chave de ouro – Inimigos do fim? Para Junior Paulain, com certeza. O ex-apresentador do Caprichoso encerrou com chave de ouro a Noite dos Povos Originários no Bar do Boi, entoando uma trilha repleta de grandes toadas, que fez a nação azul e branca dançar até o último minuto de evento.

Fotos: Roger Matos e Guilherme Silva

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