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Ensaio técnico do Caprichoso supera expectativas e eleva otimismo por bicampeonato do Festival

Bumbá impactou galera azulada com repertório envolvente e coreografias surpreendentes

 

O Bumbódromo recebeu, na noite desta quarta-feira (28), o ensaio técnico e passagem de som do Boi Bumbá Caprichoso, com a presença de sua apaixonada galera nas arquibancadas. Itens individuais e coletivos participaram do importante momento de ajustes finos para as noites de espetáculo no 56º Festival Folclórico de Parintins.

Destaque na conquista de 2022, o bloco musical segue forte. O Apresentador Edmundo Oran chamou a galera para participar do espetáculo – e foi prontamente atendido, no rufar de tambor do marujeiro Bacuri. Toada líder em audições nas plataformas digitais do touro negro, “Pode Avisar!” levantou a nação azulada, cantando a plenos pulmões com o Levantador de Toadas Patrick Araújo, que demonstrou pleno domínio vocal do repertório. Amo do Boi, Prince do Caprichoso brilhou em seu momento com os versos e o inimitável berrante.

Primeiro momento-chave do ensaio técnico, “Ypuré, a caçada da ganância” pôs à prova a teatralidade de Edmundo Oran na apresentação da lenda amazônica. Na sequência, a cunhã Poranga Marciele Albuquerque foi o primeiro item individual feminino a evoluir na arena, ao som de “Guerreira das Lutas”.

A toada-tema do ano, “O Brado do Povo Guerreiro”, deu início à exaltação cultural e trouxe os personagens do tradicional Auto do Boi – Francisco, Catirina, Gazumbá. Com “Estrela da Evolução”, o tripa Alexandre Azevedo evoluiu com o Boi Caprichoso. A Sinhazinha da Fazenda Valentina Cid surgiu para a sua performance individual e o momento foi exaltado por versos do Amo do Boi, que trouxe o famoso berrante, conduziu a vaqueirada para cortejar o Caprichoso.

Em mais um momento-chave, “Brasil – Terra Indígena” foi trilha da coreografia dos povos indígenas, que deixou a arena tomada de celebração. O Pajé Erick Beltrão surgiu para performar com ritual “Yreruá, a festa do guerreiro”. O momento deixou a galera em êxtase.

Figura Típica Regional, “Suraras do Beiradão” trouxe as indígenas Suraras e Patrick Araújo num dueto repleto de musicalidade e representatividade. O momento foi sucedido pela aparição da Porta-Estandarte Marcela Marialva. A guardiã do pavilhão azul e branco fez uma evolução cheia de garra e entrega.

Toada inédita, “Tuiçaua, a dança das Morubixabas” trouxe Marciele Albuquerque e Erick Beltrão numa especial participação na evolução dos povos indígenas, acompanhado em palmas pela galera nas arquibancadas. Ao som de “Aningal”, toada de 2009, Cleise Simas surgiu para o ensaio técnico. A Rainha do Folclore evoluiu com “Deusa da Cultura Popular” e, a seguir, Prince do Caprichoso voltou a versar – dessa vez, em desafio ao boi contrário.

O ápice do ensaio técnico veio com o ritual “Yreruá, a festa do guerreiro”, introduzida em performance cênica de Edmundo Oran e sucedida pela evolução de Erick Beltrão, embalada por “Maraka’yp” e acompanhada de corpos de dança.

“Feito de Pano e Espuma”, interpretada por Patrick Araújo em “toada – letra e música”, contou com tradução simultânea em libras, promovida pelo Coral de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro – Parintins.

A mais surpreendente coreografia veio ao som de “Pavu Maraúna”. Movimentos inovadores dos corpos artísticos formaram um escorpião e arrancou aplausos e gritos da galera. O hit “Pode Avisar!” encerrou o ensaio técnico e elevou o otimismo azul para o bicampeonato do Festival.

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Texto e Fotos: Roger Matos

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