FAF fará homenagem ao 1º amazonense que disputou uma olimpíada.
O nadador integrava a seleção brasileira de polo aquático e lutou para levar a bandeira do estado do Amazonas na maior competição esportiva do mundo, em 1952. Ele faleceu no Rio de Janeiro, aos 91 anos
O esporte olímpico está de luto. O estado do Amazonas perdeu um pioneiro. Douglas Arnaud de Souza Lima, o primeiro amazonense a disputar uma Olimpíada faleceu nesta sexta-feira (1º/03), na cidade do Rio de Janeiro (RJ), aos 91 anos de idade. A Federação Amazonense de Futebol (FAF) fará um minuto de silêncio em todos os jogos restantes da primeira rodada do segundo turno do Campeonato Amazonense Série A e nas duas partidas válidas pela Copa Verde.
Uma vida dedicada ao esporte, ao empreendedorismo e amor pelo seu estado natal, fez do desportista referência e deixou seu nome para sempre marcado na história.
Considerado um “Guerreiro do Amazonas”, em 1952, o nadador Douglas, com 20 anos de idade, integrou a seleção brasileira de polo aquático, ao lado de João Havelange, e levou a bandeira do Amazonas, quando disputou a 15ª edição dos Jogos Olímpicos, em Helsinque, na Finlândia.
Saiba quem foi Douglas Arnaud
Natural da capital amazonense, o menino apaixonado por água, nasceu no dia 31 de março de 1932. Ele começou a nadar ainda criança nos igarapés de Manaus, próximo a ponte da Sete de Setembro, no Centro. As águas eram limpas e consideradas verdadeiras piscinas naturais. Com objetivo de investir na educação dos filhos, o pai de Douglas o enviou para morar e estudar no Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, ele recebeu o convite para conhecer e participar das aulas de natação do Fluminense Football Club, local que se revelou um verdadeiro talento dentro da piscina.
Durante a carreira de nadador, Douglas colecionou medalhas e se tornou recordista sul-americano no revezamento 4×200 metros nado livre.
Após a inédita participação nas Olímpiadas, o amazonense casou, com Celeste de Souza Lima, em 1957, com quem teve três filhas: Denise, Dória e Deyse. Nesse ano, também retornou a Manaus para cuidar dos negócios da família. Anos depois voltou a nadar na categoria máster.