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Boi de Rua: Cunhã-Poranga entra no palco do Caprichoso e se emociona sem o calor humano

Marciele Albuquerque ora para que todos sejam imunizados em 2021 e a vida volte à normalidade para dançar junto com a nação nos eventos oficiais

 

“O primeiro contato que eu tive aqui no curral é de um recomeço, de esperança, de construção de um sonho novamente, não só pra mim, mas pra todo mundo que é envolvido diretamente no boi, que tem a sua renda que depende da cultura”. É assim que a Cunhã-Poranga, Marciele Albuquerque, se sente ao pisar no curral Zeca Xibelão, após mais de um ano de paralisação das atividades do Boi Caprichoso, devido à pandemia da Covid-19, e se preparar para o grande espetáculo da live do Boi de Rua no dia 22 de maio.

Dentro dos protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde, a mulher mais bela, símbolo da luta dos povos indígenas, fez o contato corpo a corpo com os artistas que dão vida ao complexo cultural do Boi Caprichoso. “Eu fico muito feliz em vê que o nosso curral tá renascendo e eu sei que muita gente tá com saudade. Eu entrei aqui e fiquei com aquela sensação tão nostálgica. Passa um filme na cabeça, é a saudade que aperta, é aquela correria dos eventos oficiais. Só de pisar no palco, fico nervosa e com um friozinho na barriga gostoso, uma sensação boa que eu sinto que logo, logo, iremos voltar com tudo, com a nossa galera”, revelou.

   

Marciele Albuquerque se emocionou ao testemunhar o curral sem a presença da nação azulada. “E a gente no palco dando o nosso melhor que é o que ela merece. É uma esperança entrar aqui e poder vê que tá tudo mudando, sendo pintado de azul e branco. Eu fico muito feliz e não tinha noção da grandeza disso. Uma coisa é a gente olhar nas fotos, outra coisa é tá aqui, sentir e contemplar. Peço tanto a Deus que todos sejam vacinados para poder, de novo, tá no calor humano da nossa nação azul e branca com o curral lotado. Eu olho daqui do palco e parece que vejo todo mundo vibrando, dançando, curtindo junto com a gente”, declarou.

Fotos: Pedro Coelho

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