Marciele Albuquerque participa da Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, em Brasília
Participação da cunhã-poranga do Boi Caprichoso, legítima nativa do povo Munduruku, é exaltada nas redes sociais
A cunhã-poranga do boi-bumbá Caprichoso, Marciele Albuquerque, está em Brasília participando da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, que começou nesta terça-feira (07/09).
Bastante exaltada nas redes sociais, por conta de sua participação nesse evento, Marciele Albuquerque se junta às milhares de mulheres de todo o país, em acampamento até o dia 11/09, para trazer visibilidade ao movimento das mulheres indígenas. “Hoje foi só a chegada e o acolhimento das delegações e também o credenciamento e apresentação dos povos e amanhã tem outra programação”, disse Marciele.
A cunhã-poranga contou, em suas redes sociais, os momentos de tensão que estão passando no acampamento, e que quando saem precisam trocar a máscara e tirar os acessórios. “A situação aqui em Brasília tá tão complicada que quando a gente sai aqui do acampamento a gente tem que trocar a máscara, colocar a máscara toda preta, tirar os acessórios também porque é mais seguro”. A tensão se deve ao fato que em todo país está acontecendo no dia de hoje as manifestações em prol do governo Bolsonaro.
O evento que tem como tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”, tem a previsão da participação de cerca de 4 mil mulheres, de mais de 150 povos de todos o país.
Munduruku – A representatividade indígena de Marciele Albuquerque é maior que sua personagem no festival folclórico. Natural do município de Juruti, é uma legítima nativa do povo Munduruku, habitante da região oeste do Pará. Aos 28 anos, é administradora e tem presença marcante nas redes sociais como mulher empoderada, fortemente posicionada em pautas relevantes – especialmente as relacionadas aos povos indígenas.
Fotos: Reprodução/Instagram
