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Com manifesto em defesa da preservação, Boi Caprichoso encerra a 1ª noite do Festival

Levando um manifesto-floresta em defesa da preservação da Amazônia, o boi-bumbá Caprichoso foi o segundo a se apresentar na noite desta sexta-feira, 24 de junho, na arena do Bumbódromo de Parintins. O bumbá defende o tema “Amazônia: Nossa Luta em Poesia”, com o subtema da noite “Amazônia-Floresta: o grito da vida” que traz a luta dos seres-florestas em defesa do seu território, de sua morada e de suas tradições.

O apresentador Edmundo Oran e apresentador Patrick Araújo vieram acompanhados dos vagalumes descendo pelo guindaste. Eles emocionaram a galera azul e branca com a toada “Candelabros Azuis”, de Ronaldo Barbosa.

Lenda Amazônica – O boi Caprichoso trouxe como Lenda Amazônica “Ka’aporanga, a guardiã da floresta”, que tem a missão de proteger e guardar a Amazônia de todos os perigos, quando a natureza está ameaçada.
De concepção dos artistas Marialvo Brandão e Roberto Reis, a alegoria trouxe a cunhã-poranga Marciele Albuquerque.

Celebração Indígena – A crueldade do conquistador – o roubo da terra. A Celebração Indígena retratou a violência e o sofrimento que vieram com as grandes em embarcações e que deixaram feridas ainda abertas sobre a Amazônia.

Estreante – Um dos pontos altos da apresentação do Boi Caprichoso foi o momento em que o estreante no Festival de Parintins, o Levantador de toadas, Patrick Araújo, defendeu o item Toada, Letra e Música, cantando a toada-tema Amazônia Nossa Luta em Poesia.

O cabloco ribeirinho – Para ecoar um grito em defesa das águas amazônicas, o boi Caprichoso traz como Figura Típica Regional o Caboclo Ribeirinho, como seu principal guardião. A alegoria, que trouxe a Rainha do Folclore, Cleise Simas, é de concepção do artista Alex Salvador. A Vaqueirada trouxe em suas lanças as imagens de grandes símbolos da luta pela floresta.

Ritual Indígena – O Ritual Indígena defendido pelo Boi da Francesa e do Palmares foi “Tupari: Sucaí, o tarupá da Friagem”. Na crença Tuparí, o canto e o assovio do Curupira são os prenúncios de que Sucaí , o tarupá que afugenta o sol e faz a temperatura baixar, está a caminho da floresta. Somente o pajé tem o poder de avistar o perigo e proteger o seu povo da morte.

O responsável pela concepção alegórica do ritual da noite foi o artista plástico Algles Ferreira. A alegoria trouxe o pajé para sua apresentação, que encerrou a noite desta sexta-feira.

Fotos: Roger Matos

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