Adelson Albuquerque fala de Sebastião Júnior, David Assayag e itens femininos
Candidato desmente que quer trocar itens oficiais e reforça a intenção de realizar auditorias internas no Garantido
O empresário Adelson Albuquerque, candidato à presidência do boi Garantido, revelou, em um bate-papo, ao vivo, promovido por um site de notícias, que não pretende mudar os itens oficiais do boi, em particular os femininos. Na semana passada, o candidato disse que foi mal interpretado, em outra entrevista quando falou da porta-estandarte Lívia Christina e da cunhã-poranga, Isabelle Nogueira.
“O Garantido precisa de solução, administrativamente. De controle financeiro. Precisa trazer mudanças, mas no mundo de itens individuais, não mexeria, no momento em hipótese alguma. Todos os itens individuais, principalmente no mundo feminino, tiveram notas máximas. Então, a gente não tem como tratar diferente de não permanecer”, afirmou Adelson.
Adelson falou, ainda, que pretende fazer pelo menos um workshop para falar de todos os aspectos do boi, inclusive o artístico. “Isso é pra fazer uma avaliação geral. Isso é pra se fazer até quando se ganha o título. A gente tem que fazer porque todo título tem apresentações também que geraram notas baixas. Dentro disso, você vai focar para reorganizar onde você teve falhas. Aquilo que foi nota dez, a gente vai procurar manter pra que continue daquela forma”, afirmou.
David Assayag – O jornalista Keynes Breves, apresentador e entrevistador do espaço, perguntou perguntou sobre David Assayag, levantador histórico do Garantido, que ficou fora das apresentações na arena, no festival deste ano.
“David Assayag é um grande ídolo da Nação Vermelha e Branca. Teve um momento dele no contrário, onde fez também um bom trabalho. É um grande trunfo que o Garatido sempre teve. E nós vamos ter que trabalhar minuciosamente pra saber de que forma aproveitá-lo, sempre no Garantido. Merece toda atenção, merece todo apoio”, afirmou Adelson.
Sabá – Sobre o levantador Sebastião Júnior, Adelson lembrou que o levantador “é o ídolo Garantido da atualidade”. E completou: “ele e Israel Paulain, dentro do mundo (itens) masculino, junto com o JP (João Paulo Faria, amo do boi). É um núcleo muito bom. Este ano, ele teve uma dificuldade, mas a gente precisa conversar com ele, saber se foi um ano atípico, como é de qualquer ser humano que, muitas vezes, tem uma baixa. Mas nós sabemos do potencial dele, porque ele já trouxe vários títulos para o Garantido. E eu tenho certeza que, ele bem trabalhado, vai continuar dando título para o Garantido”.
Presidente, novamente – Sobre o porquê da nova candidatura, depois de ter sido presidente do Garantido por três anos (2015 a 2017), Adelson disse que quer aproveitar o bom momento do festival, pelo apoio oficial do atual governador, Wilson Lima, diferente do que aconteceu com José Melo, em 2016. “Nós sabemos que temos potencial para fazer uma administração muito melhor. Principalmente com recursos. Porque o Governo do Estado não tem medido esforços para fazer investimento na cidade (de Parintins) e nos dois bumbás. Sabemos que a competência tem que valer acima de tudo, nesse momento”, afirmou Adelson.
Adelson lembrou que, do Governo do Estado, recebeu R$ 1,6 milhão em 2015. Em 2016, o boi não recebeu patrocínio algum do estado. Em 2017, o Garantido recebeu R$ 700 mil na tarde da primeira noite de apresentações. E, mesmo trabalhando, em 3 anos, com menos de 20% do que o Garantido teria recebido apenas em 2023, Adelson conseguiu levar o boi ao 29º título, naquele 2016 do tema “Celebração”.
Compliance e Auditoria – Adelson Albuquerque tem, em seu plano de gestão, a ideia de realizar auditorias internas para saber a situação real do boi, em todas as áreas. Ele lembra que, em seu primeiro mandato como presidente, também realizou esse levantamento, de maneira técnica e consistente. Essa auditoria está dentro da política de compliance, que deve ser implantada no Garantido, caso venha vencer as eleições.
“O compliance abrange tudo isso. São técnicas que estão sendo aplicadas em todas as partes que governam e administram, sejam elas municipais, estaduais ou federais. Todas as administrações, sejam privadas, sejam públicas, vão ter que se adaptar a esse novo momento. Então, pra nós vai ser uma oportunidade muito grande, tentar fazer com que o Garantido saia dessa situação. Nós fizemos uma auditoria extremamente séria. Contratamos uma empresa terceirizada. Ela fez um levantamento geral do Garantido. Nós tínhamos uma excelente visão de fazer acordos pra limpar o nome do Garantido pra fazer com que todos os recursos passassem pela conta do Garantido”, falou Adelson Albuquerque.