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Artigo: Como a Filosofia pode ser útil em momentos de adversidade

Por Giulia Macêdo de Araújo Mitre

giuliamacedodearaujo@gmail.com

Em tempos de crise, temos a tendência de buscar ferramentas exteriores para solucionar nossos problemas sociais, históricos ou até pessoais, a tal ponto de nos esgotarem possibilidades, tempo, recursos ou compreensão. Quantas vezes não nos frustramos diante das dificuldades e incertezas? Buscamos um culpado ou alguém que nos salve, quando, na verdade, as respostas estiveram sempre ali, dentro do ser humano.

Se nos voltarmos para a história e os grandes filósofos que nela deixaram sua marca, veremos que nossas dores e medos não são nada originais, nos acompanham ciclicamente, de vez em quando, aparecendo em uma ou outra civilização.

Impérios caíram, cidades foram saqueadas, a peste negra e a gripe espanhola deixaram a marca indelével da morte por onde passaram, instigando a apatia e desesperança no resto da sociedade.

E aí fica o questionamento: qual a razão de tantas experiências dolorosas? Há algo de bom que possamos tirar disso tudo? Como os antigos faziam em seu tempo? É aí que entram àqueles que investigaram profundamente, dentro de si mesmos, encontrando respostas atemporais para tudo o que é próprio do humano viver.

Para os grandes filósofos adversidade é sinônimo de oportunidade. Não é à toa que as palavras “crise” e “crisálida” se parecem, ambas falam de um momento oportuno, no qual ou a gente se transforma em algo novo e melhor, ou ali mesmo perecemos com a forma anterior, já desgastada e sem vida.

A vida pede por renovação a cada instante, e podemos perceber como os filósofos e humanistas de épocas anteriores responderam a isto:

Sêneca conseguiu superar as debilidades de uma saúde frágil para nos mostrar o valor do tempo; Marco Aurélio que, como imperador romano em uma das épocas mais difíceis do Império, nunca perdeu uma só batalha e ainda passou por uma pandemia em pleno governo; e Epicteto, que sendo apenas um escravo, percebeu por sua condição o que verdadeiramente dependia dele: seu poder de transmitir o bem ou de reagir com o mal.

E o que podemos fazer HOJE? Podemos tentar entender um pouco melhor essas ideias e comprometermo-nos a vivê-las dia após dia, melhorando não só a nossa vida, mas principalmente a de todos aqueles com quem convivemos e daqueles que virão depois de nós.

Convido vocês para viverem essa experiência filosófica no evento nacional da Nova Acrópole, em homenagem ao Dia Mundial da Filosofia. Este ano, vamos buscar mais uma vez o resgate da sabedoria humana para responder à pergunta: Como a filosofia pode ser útil em momentos de adversidade?

Esperamos você entre os dias 16 e 21 de novembro, no canal da Nova Acrópole no Youtube para aprender sobre estas e outras grandes ideias que iluminaram o caminho da humanidade. Mais do que interessante, a filosofia é uma importante ferramenta que nos traz respostas para a vida, os mistérios do ser humano e da Natureza de todas as coisas.

 

Sobre Nova Acrópole:
Nova Acrópole é uma organização internacional de caráter filosófico, cultural e voluntário que atua há mais de 60 anos na promoção do estudo da filosofia de maneira aplicada, buscando fazer com que os ensinamentos e experiências que deram sustentação às grandes civilizações sirvam de base para reflexões e ações que possam contribuir na construção de uma sociedade melhor.

 

Sobre a autora:
Giulia Macêdo de Araújo Mitre, nascida em Natal/RN. Arquiteta e urbanista, pós graduanda em paisagismo, atua na área de construção civil e design. Voluntária e estudante de filosofia desde 2013, é instrutora das cátedras de Sociopolítica, Filosofia da História, Introdução a Sabedoria do Oriente e Simbologia Teológica, desde 2016.
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