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Boi Garantido exalta o feminismo e inova com mulheres tuxauas, na 1ª noite do Festival

Defendendo o tema “Amazônia do Povo Vermelho”, o Boi-bumbá Garantido abre o 55° Festival Folclórico de Parintins, na noite desta sexta-feira, 24 de junho, no bumbódromo de Parintins. Exaltando identidade, lutas, revoluções e feminismo, o bumbá trouxe pela primeira vez tuxauas mulheres.

O Boi da Baixa apresentou o subtema “Povo Vermelho como Brasa”, sobre os povos originários que estavam aqui antes dos europeus. Do meio da galera apareceu João Paulo Faria, amo do Boi Garantido, anunciando o apresentador do bumbá, Israel Paulain, que veio num guindaste cantando a toada “Flor de tucumã”.
Israel disse que Amazônia do Povo Vermelho é um manifesto artístico e citou o nome de Dom Phillips e Bruno Pereira, em homenagem ao jornalista e indigenista mortos no Vale do Javari.

Tuxauas – Pela primeira vez no Festival, o item Tuxauas veio representado por mulheres. A apresentação aconteceu sob um discurso de empoderamento feminino do apresentador Israel Paulain. Logo em seguida, a levantadora de toadas Márcia Siqueira cantou a toada “Revolução das Cunhãs”, um clamor contra o machismo e a favor da exaltação feminina, principalmente em relação às mulheres das tribos indígenas.

A Figura Típica Regional, que concorreu na primeira noite, exaltou “O Pescador”, reverenciando Lindolfo Monteverde, o criador do Garantido, que era um exímio pescador. A alegoria, assinada pelo artista José Trindade, trouxe a sinhazinha Valentina Coimbra e o Boi-bumbá Garantido. Em seguida, veio a Rainha do Folclore Edilene Tavares trazida numa grande arara vermelha.

   

Com uma alegoria gigante, o Ritual Indígena “Karõ Krahô: a batalha das almas” retratou a história do ceifador de almas, com uma alegoria assinada pelo artista Neto Barbosa. A alegoria trouxe o pajé Adriano Paketá, que foi reverenciado pela galera vermelha e branca.

O boi Garantido encerrou sua apresentação da noite com a Lenda Amazônica “Quando Honorato lutou com Caninana”, sobre a conhecida lenda da cobra-grande. Em seguida, representando o empoderamento da mulher Indígena, surge a cunhã-poranga Isabelle Nogueira do alto da alegoria.

Fotos: Roger Matos

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