Covid-19: taxa de letalidade no interior do AM fica abaixo da média nacional de óbitos
Diminuição do indicador do interior é resultado das constantes ações do Governo do Estado nos municípios
O Amazonas registrou, nas duas últimas semanas, uma redução de 57% na taxa de letalidade de Covid-19 no interior do estado. Atualmente, o número desse perfil registrado no interior é de 1,8, ficando abaixo da taxa nacional, que corresponde a 2,4. A diminuição é reflexo das constantes ações de saúde realizadas pelo Governo do Estado nos municípios do interior para promover melhorias na rede de atendimento.
O secretário executivo de Assistência do Interior, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Cassio Espírito Santo, explica que os dados alcançados no interior são extremamente positivos, principalmente levando em consideração as dificuldades de acesso e logística para algumas localidades do Amazonas.
“Nesse momento a letalidade no interior do Amazonas está em 1,8, enquanto a capital está em 5,2. Então, a letalidade no interior é quase um terço da letalidade da capital. Quando a gente olha a média no Brasil, que está em 2,4, então o interior está até abaixo da média nacional, o que para a gente é um fator muito positivo de avaliação, considerando todas as diferenças logísticas e dificuldades que nós temos dos outros estados”, destacou.
Além da redução na taxa de letalidade, o secretário executivo de Assistência do Interior também afirma que houve redução no número de internações no interior do estado. “E a gente viu na última semana, do pico para cá, no interior, uma redução de 33% no número das internações e uma redução de 44% na ocupação de leitos de UTI, que são dois fatores positivos”.
Assistência básica – Com ampla área territorial e muitos municípios, o Amazonas é o único estado do país que possui, no mínimo, um hospital por cidade. Segundo Cassio Espírito Santo, a alta cobertura de atenção básica no interior possibilita o atendimento aos casos de média complexidade da doença nos próprios municípios.
“Os municípios têm uma boa cobertura de ação básica, girando em torno de 90%, isso ajuda bastante. Nós trabalhamos com eles unidades de referência para síndrome gripal, os fluxos dentro dos municípios, questão de barreiras sanitárias. No segundo momento, na atenção especializada nos hospitais, nós somos o único estado do país que tem um hospital em cada município, então nenhum outro tem essa nossa questão regional, e nós temos leitos disponíveis na maioria dos municípios, sobrando”, pontuou.
Transferências – Na atual gestão, o Governo do Amazonas implantou O Sistema de Transferência de Emergência Regulada (Sister), que possibilita a otimização do serviço e transparência. Conforme Espírito Santo, os pacientes transferidos passam por análise nesse sistema.
“Todos os municípios lançam seus pedidos, atualizam os quadros e todo dia, às 6h, a fila é fechada, todos os pacientes que estão lá são avaliados e são qualificados. Eles são qualificados do mais grave para o menos grave. O primeiro da fila é o mais grave, o segundo, o terceiro, o quarto e assim por diante. Então é assim que funciona a fila do Sister, estritamente com critérios médicos”.
Fatores – Além disso, na triagem são levadas em consideração a disponibilidade de leitos, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e logística, para que, a partir disso, possam ser realizadas as transferências dos pacientes acometidos pela Covid-19.
“Quando a solicitação é realizada, a gente avalia. Vamos supor, o paciente hoje está eleito para ser transferido. O sistema verifica a primeira questão, que é o leito; a segunda questão, que é a UTI aérea para buscar; e a terceira questão é a ambulância para pegar o paciente no aeroporto. Então o sistema leva consideração as três situações para que a gente possa fazer a remoção desse paciente”, concluiu o secretário executivo.
Foto: Lucas Silva/Secom.