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Exaltando as raízes, Boi Caprichoso abre a primeira noite do Festival de Parintins

Efeitos de luzes e muita ousadia marcaram primeiro ato do espetáculo “Cultura, o Triunfo do Povo”

 

O Boi Caprichoso abriu a primeira noite do Festival Folclórico de Parintins, trazendo à arena do Bumbódromo o ato “Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas”. Exaltando as próprias origens, o boi preto veio em guindaste, com o levantador de toadas Patrick Araújo, num gigantesco bumba-meu-boi com detalhes luminosos em led.

A toada “Pode Avisar!” inflamou a galera azul e branca, seguida de “Caprichoso, o Boi do Urubuzal” e da chegada do Amo do Boi Prince do Caprichoso para os primeiros versos, surpreendendo pela inovação nos repentes nordestinos.

Lenda Amazônica assinada pelo artista Roberto Reis e equipe, “Dona da Noite” impactou com luzes e o ousado içamento da boiuna, com a aparição da cunhã poranga Marciele Albuquerque. A seguir, as morubixabas Ira Maraguá, Gilvana Borari e Jessica Maraguá surgiram em meio à coreografia indígena.

Roque Cid, fundador do Caprichoso, e personalidades históricas do bumbá foram homenageadas na figura típica regional “Mestres e Mestras da Cultura Popular Parintinense”, assinada pelo artista Adenilson Pimentel e equipe. Dona Siloca, Ednelza Cid, Zeca Xibelão e Chico da Silva foram lembrados e, sob um gigantesco boi, surgiu Markinhos Azevedo, emocionando a galera. Do alto, num balão junino, surgiu a sinhazinha da fazenda Valentina Cid.

Em mais um momento indígena, o gigante Bicho-Folharal trouxe a rainha do folclore Cleise Simas. Ápice do espetáculo azul e branco, o ritual indígena “Mothokari, a fúria do sol” contou com a participação do líder indígena Davi Kopenawa Yanomami. A alegoria, assinada por Algles Ferreira e equipe, surgiu o pajé Erick Beltrão.

Fotos: Roger Matos

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