Pavulagem

O mês de junho chegou e em 2021 a saudade apertou mais ainda

Chris Reis, jornalista
especial para FOLHA DE PARINTINS

 

Parintins vai muito além de ter “apenas” uma festa maravilhosa e única. Parintins é magia, é encanto, é vida, pois sim, aquela ilha no meio do Amazonas tem vida, tem “segredos” que estão em cada esquina.

Se você não foi lá, nunca entenderá que não é apenas a torcida para um dos bois, que acaba numa simples festa. Lembrando que não é você que escolhe para quem vai torcer, mas sim é um dos bois que te escolhe. E você vai saber disso quando começar a se arrepiar numa apresentação e de repente sentir as lágrimas caindo e não sabe se ri ou chora de emoção e alegria.

Tudo ali é muito mais do que você vê na arena. A ilha está sempre em movimento e tem sentimento em cada canto. Desde beber uma cerveja ou só uma água (como eu), no “bar do papai” e se sentir melhor do que num restaurante caro; ver o mais bonito por do sol do mundo mundial no fim da ilha; tomar o tacacá mais delícia do mundo, mesmo após passar uma dia viajando de lancha e chegar meio tonto, num calor escaldante; é achar o bodó bem feio, mas querer experimentar e sair lambendo os lábios; é não ter medo de andar de moto ou triciclo, pela ruas da ilha; é ver o encanto que bois brinquedos causam, não apenas em crianças , mas em adultos também; é chorar vendo velhinhos querendo abraçar e beijar os bumbás; é se emocionar assistindo a ladainha e imaginar que “aquela reza” acontece há décadas; é ficar triste quando o boi morre; é ficar bem chateado quando há empate (melhor perder que empatar); é querer acompanhar a batucada após as três horas de apresentação porque foi pouco; é querer explodir de alegria ao ouvir o rufar dos tambores; é saber que todos nascem com um dom ou vários.

É ter certeza que Parintins é uma cidade que tem alma.

É tudo isso e muito… muito mais…

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