Parintins se posiciona contra o retorno das aulas do Estado e mantém toque de recolher a partir das 22h
Decisões são embasadas no cenário epidemiológico
A 33ª reunião do Comitê Gestor de Combate ao Coronavírus de Parintins foi realizada na tarde desta sexta-feira (21) para avaliar os dados sobre a doença Covid-19 no município nos últimos 15 dias. A avaliação reuniu órgãos de segurança e gestão como a Prefeitura de Parintins, Câmara Municipal, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Militar, dentre outros. O comitê decidiu manter o toque de recolher das 22h às 5h, além de ir contra o retorno híbrido das aulas da rede estadual de ensino.
Realização de festas e eventos públicos seguem proibidos. Bares, lanchonetes e restaurantes podem funcionar com até 50% da lotação. As medidas valem por 15 dias.
O presidente do Comitê, prefeito Bi Garcia (DEM) comemorou o baixo índice de infectados no município e chamou atenção para o pedido do Estado para o retorno híbrido das aulas. “Acredito que não é hora de arriscar. Eu me preocupo com o retorno, pensando que os professores ainda não foram vacinados, que os alunos podem pegar o vírus na escola, levar para casa e infectar os familiares. Além disso temos o problema de enchente que o nosso município enfrenta, dificultando a ida dos alunos”, disse o prefeito.
A Defensoria Pública relatou visita realizada nas escolas e chamou atenção para interrupção da metodologia de ensino aplicada com o retorno híbrido. “Fomos às escolas e a sensação dos funcionários, dos pais, dos alunos é de medo. Precisamos repensar esse retorno e pensar por hora na segurança das famílias”, disse a defensora pública Renata Almeida.
O prefeito Bi Garcia pretende reunir com com governador Wilson Lima (PSC) e com o secretário estadual de Educação para discutir a medida.
Vacinação contra a Covid-19
Os dados de imunização de Parintins apontam para 32.768 (trinta e duas mil, setecentos e sessenta e oito) doses aplicadas, o que representa o avanço de 28,4% da população vacinada.
Foto: Yuri Pinheiro