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Pesquisador do Inpa diz que amazonense não deve se preocupar em consumir tambaqui

Peixe entre os mais consumidos no Estado foi associado a síndrome rara

 

Nesta semana, o caso da médica veterinária, que morreu em decorrência da síndrome de Haff, também conhecida como doença da “urina preta”, depois de ter ingerido um peixe, ganhou repercussão nas redes sociais. Isso porque uma das espécies de peixe que está associada à doença é o tambaqui, um dos alimentos mais consumidos pelo amazonense.

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Engenheiro de Pesca e Doutor em Ciências de Alimentos pela USP, Rogério de Jesus, explica que não deve haver uma preocupação recorrente com o surto da síndrome de Haff, por causa do consumo do tambaqui em nossa região, já que a doença é considerada rara e de pouca ocorrência no Brasil.

“Existem trabalhos científicos publicados que relacionam o surgimento da doença com o tipo de alimentação dos peixes. Mas como o consumo de tambaqui em Manaus é feito com peixes procedentes de piscicultura em sua grande maioria, julgo que não há esse perigo visto que se alimentam de ração”, declarou o pesquisador, que ressalta ainda que não há nenhuma comprovação de uma inter-relação entre espécies de peixes e a doença.

Uma das matérias que repercutiu, nesta quarta-feira (03/03), foi a publicada pelo site Metrópoles, que divulgou sobre as principais espécies de peixes que podem causar a doença da “urina preta”. A matéria cita que os casos documentados, até o momento, sobre a síndrome, estão associados a 6 tipos de pescados: tambaqui, olho de boi, badejo, pacu-manteiga, pirapitinga e arabaiana — este último foi o peixe ingerido pela veterinária.

A matéria produzida relata ainda que nem todo peixe das espécies citadas é responsável pela infecção, que é considerada rara.

Texto: Keynes Breves e Elane Figueiredo
Fotos: Luciete Pedrosa/Inpa e Érico Xavier

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